segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Confidência ao tempo perdido
Só pela fechadura te aprecio,
(nua) pelo teu corpo escorre um suor frio.
Vejo-te gritar, não choro nem rio
Afasto-me da porta
O grito desvanece,
da tua silhueta, a mente esquece.
De ti já nem resta a memória
(nua) pelo teu corpo escorre um suor frio.
Vejo-te gritar, não choro nem rio
Afasto-me da porta
O grito desvanece,
da tua silhueta, a mente esquece.
De ti já nem resta a memória
terça-feira, 7 de outubro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
A Dança das Sombras
1- O Vagabundo
Já tinha acordado há cerca de meia hora, mas ainda estava atordoado com aquele sonho. Sentia-se estranho, quase como se o tivesse vivido, e caminhava agora, qual tigre enjaulado, de um lado para o outro, com um ar ausente, tentando escrutinar o significado daquele sonho. As pessoas na rua olhavam para ele com ar de desprezo (e outras com pena), ouvindo-se por vezes comentários do género, “olha o que o álcool faz.” ou “Coitado daquele homem. Não bate bem da cabeça…”. Mas o homem permanecia indiferente, ou por não os ouvir ou por não querer saber, pois havia coisas que o preocupavam mais. Já lhe tinha passado aquela sensação de vergonha e humilhação que sentiu quando se levantou imediatamente a seguir a ter acordado, coberto de urina. Agora que olhava em retrospectiva sentia-se parvo por se ter sentido assim, humilhado. Ele era um vagabundo. Sim, apenas um vagabundo. E ninguém liga a vagabundos, são sempre olhados como trapos, como pesos mortos, buracos negros na sociedade que sem estes erros humanos bem se poderia tornar numa sociedade utópica. Mas ele não queria saber do que é que os outros pensavam, já tinha desenvolvido aquela “carapaça” que protege os desafortunados destes ataques vindos do mundo exterior. Ele era apenas mais um vagabundo e sabia disso. Ele tinha vindo como muitos outros de um país do Leste da Europa (da Ucrânia), em busca de uma vida melhor, de certo modo à procura do “Portuguese dream” (como somos portugueses e falamos português seria preferível dizer “o Sonho Português”). Mas agora que já que conhecia melhor este país questionava-se que sonho seria esse e se existe estará muito bem escondido, como um tesouro o qual muito provavelmente já foi encontrado por alguém que egoistamente o guardou apenas para si. Mas que seja ponto assente que ele procurou esse sonho. Procurou arranjar empregos de confiança e que lhe permitissem arranjar sustento, mas os empregadores respondiam sempre, tentando esconder um ar de repúdio e apresentando uma cara séria e profissional e ainda com um leve trago de “eu gosto muito de estrangeiros…”, mas apresentando invariavelmente uma cara pura e simplesmente estúpida, “Pedimos desculpa mas não julgamos que se enquadre bem neste emprego e mesmo que se enquadrasse, o facto de se encontrar neste país ilegalmente iria impedir-nos de o contratar”. Como se ele se importasse se se enquadrava ou não, se gostava ou não do emprego, ele queria era sobreviver nesta selva urbana. A sua situação como emigrante ilegal levou-o a ter de restringir as escolhas para emprego. Acabou por seguir um caminho comum a muitos outros imigrantes e foi trabalhar para as obras. No final do seu primeiro mês de trabalho, quando chegara o momento de ser pago o empregador assumiu um ar arrogante e disse-lhe que não apreciaram o seu trabalho e que portanto estava despedido. Sem protestar o vagabundo foi-se embora, deixando para trás o seu ex-patrão, boquiaberto do quão espantado estava com a atitude do seu ex-trabalhador. Houve muitos mais insucessos, mas não faz sentido eu falar sobre eles pois o resultado é sempre igual: a resignação do vagabundo seguido pela procura de uma nova hipótese de trabalho. Após uns dias sem comer e a petiscar em caixotes do lixo, o vagabundo decidiu começar a pedir umas esmolas e passado algum tempo tornou-se num pedinte de respeito (não é o sonho de qualquer um?). Hoje ele é apenas matéria que ocupa o espaço, sem nome nem nada que o defina. Agora ele sabe que, ao contrário do que muitos possam dizer o sol não brilha para todos e no caso dele, encontra-se sempre coberto das nuvens mais negras que existem.
Já tinha acordado há cerca de meia hora, mas ainda estava atordoado com aquele sonho. Sentia-se estranho, quase como se o tivesse vivido, e caminhava agora, qual tigre enjaulado, de um lado para o outro, com um ar ausente, tentando escrutinar o significado daquele sonho. As pessoas na rua olhavam para ele com ar de desprezo (e outras com pena), ouvindo-se por vezes comentários do género, “olha o que o álcool faz.” ou “Coitado daquele homem. Não bate bem da cabeça…”. Mas o homem permanecia indiferente, ou por não os ouvir ou por não querer saber, pois havia coisas que o preocupavam mais. Já lhe tinha passado aquela sensação de vergonha e humilhação que sentiu quando se levantou imediatamente a seguir a ter acordado, coberto de urina. Agora que olhava em retrospectiva sentia-se parvo por se ter sentido assim, humilhado. Ele era um vagabundo. Sim, apenas um vagabundo. E ninguém liga a vagabundos, são sempre olhados como trapos, como pesos mortos, buracos negros na sociedade que sem estes erros humanos bem se poderia tornar numa sociedade utópica. Mas ele não queria saber do que é que os outros pensavam, já tinha desenvolvido aquela “carapaça” que protege os desafortunados destes ataques vindos do mundo exterior. Ele era apenas mais um vagabundo e sabia disso. Ele tinha vindo como muitos outros de um país do Leste da Europa (da Ucrânia), em busca de uma vida melhor, de certo modo à procura do “Portuguese dream” (como somos portugueses e falamos português seria preferível dizer “o Sonho Português”). Mas agora que já que conhecia melhor este país questionava-se que sonho seria esse e se existe estará muito bem escondido, como um tesouro o qual muito provavelmente já foi encontrado por alguém que egoistamente o guardou apenas para si. Mas que seja ponto assente que ele procurou esse sonho. Procurou arranjar empregos de confiança e que lhe permitissem arranjar sustento, mas os empregadores respondiam sempre, tentando esconder um ar de repúdio e apresentando uma cara séria e profissional e ainda com um leve trago de “eu gosto muito de estrangeiros…”, mas apresentando invariavelmente uma cara pura e simplesmente estúpida, “Pedimos desculpa mas não julgamos que se enquadre bem neste emprego e mesmo que se enquadrasse, o facto de se encontrar neste país ilegalmente iria impedir-nos de o contratar”. Como se ele se importasse se se enquadrava ou não, se gostava ou não do emprego, ele queria era sobreviver nesta selva urbana. A sua situação como emigrante ilegal levou-o a ter de restringir as escolhas para emprego. Acabou por seguir um caminho comum a muitos outros imigrantes e foi trabalhar para as obras. No final do seu primeiro mês de trabalho, quando chegara o momento de ser pago o empregador assumiu um ar arrogante e disse-lhe que não apreciaram o seu trabalho e que portanto estava despedido. Sem protestar o vagabundo foi-se embora, deixando para trás o seu ex-patrão, boquiaberto do quão espantado estava com a atitude do seu ex-trabalhador. Houve muitos mais insucessos, mas não faz sentido eu falar sobre eles pois o resultado é sempre igual: a resignação do vagabundo seguido pela procura de uma nova hipótese de trabalho. Após uns dias sem comer e a petiscar em caixotes do lixo, o vagabundo decidiu começar a pedir umas esmolas e passado algum tempo tornou-se num pedinte de respeito (não é o sonho de qualquer um?). Hoje ele é apenas matéria que ocupa o espaço, sem nome nem nada que o defina. Agora ele sabe que, ao contrário do que muitos possam dizer o sol não brilha para todos e no caso dele, encontra-se sempre coberto das nuvens mais negras que existem.
domingo, 14 de setembro de 2008
Tempo que passa
Tempo que passa,
linha que nada traça,
voz que nada grita.
Olho a luz,
mas meu olhar nada fita.
A lágrima já caiu
e a minha face ainda molhada está.
O sol bate forte mas no tempo
apenas a sombra ficará.
A memória chora,
eu sou apenas mais uma lágrima
linha que nada traça,
voz que nada grita.
Olho a luz,
mas meu olhar nada fita.
A lágrima já caiu
e a minha face ainda molhada está.
O sol bate forte mas no tempo
apenas a sombra ficará.
A memória chora,
eu sou apenas mais uma lágrima
Sem título (em construção)
O vento quando passa
sussurra-me palavras de agonia,
mas passa e vai embora
e as palavras são folhas
levadas pelo vento que passa.
A chuva cai
e as gotas são palavras
como amor e alegria,
e a chuva pára então
e as gotas são só gotas e a chuva já não cai.
Agora abraça-me
e deixa-me chorar esta vida,
tão vazia e sem sentido
em que o vento passa e vai embora
e a chuva são apenas gotas que caem.
E que assim o tempo acabe,
neste abraço de um segundo.
Espero a vida que vai embora
levada pelo vento que passa
e as minhas lágrimas são só chuva que cai.
Fecho os olhos
e inspiro longamente
e sorrio enquanto choro.
Louca é a mente humana
alegre por ter vivido
ainda que por apenas um segundo.
sussurra-me palavras de agonia,
mas passa e vai embora
e as palavras são folhas
levadas pelo vento que passa.
A chuva cai
e as gotas são palavras
como amor e alegria,
e a chuva pára então
e as gotas são só gotas e a chuva já não cai.
Agora abraça-me
e deixa-me chorar esta vida,
tão vazia e sem sentido
em que o vento passa e vai embora
e a chuva são apenas gotas que caem.
E que assim o tempo acabe,
neste abraço de um segundo.
Espero a vida que vai embora
levada pelo vento que passa
e as minhas lágrimas são só chuva que cai.
Fecho os olhos
e inspiro longamente
e sorrio enquanto choro.
Louca é a mente humana
alegre por ter vivido
ainda que por apenas um segundo.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Introdução
O Homem caminhava rua acima, lamentando o estado da sua vida. Tinha numa das suas mãos uma garrafa do habitual “auxiliar de afogamento de mágoas”, o uísque. A garrafa já estava praticamente vazia, mas ainda não tinha sido capaz de derrotar o desespero que reinava a mente daquele homem, por muito espantoso que seja. Estava uma noite chuvosa, sem estrelas e com a lua escondida por trás das nuvens, uma noite cerrada, um microcosmo da escuridão que constantemente cobria a alma do pobre ser humano lamurioso (ou o que sobra de “ser”) que caminhava pela rua tentando dar algum rumo à sua triste vida. No meio de toda a chuva distinguiam-se gotas mais brilhantes, talvez mais do que gotas, que caíam pesadamente nas pedras de calçada. Eram gotas que levavam consigo mais que água, levavam o peso de uma alma desfeita, numa tentativa desesperada de lavar o interior negro do “pobre homem”. Eram lágrimas, eram gritos de ajuda; mas ninguém iria ajudar aquele homem, ele sabia isso.
As 12 badaladas de um sino de uma igreja nas proximidades indicavam que chegava a meia-noite, o fim de mais uma noite, o começo de outra. O tempo passa lentamente para este homem. Cada minuto parece levar horas a passar, prolongando assim a caminhada deste ser pela avenida do sofrimento. Confrontado com um novo dia deixou-se cair no chão, tinha atingido o apogeu do desespero, queria ver aquilo tudo terminado, não suportava viver mais. Então, sem aviso, sentiu um calor no seu interior, uma impressão no abdómen como se o estivessem a virar de avesso; estava a ocorrer alguma transformação em si e por momentos julgou ter deixado de ser humano. Foi então que notou que já não o era, tinha-se tornado numa sombra da noite. Não era sólido, não era gasoso nem líquido, era como se tivesse deixado de existir por completo. Vagueava pela noite fria, por entre as gotas da chuva, pela tristeza da escuridão circundante. Sentia-se inseguro, frágil e estava a ser incomodado por uma sensação de que estava a ser perseguido. Olhou para trás discretamente e viu um homem que caminhava rua acima, deprimido, com lágrimas a escorrerem-lhe pela cara abaixo. A sombra continuou a seguir o homem ao longo da sua caminhada sem nexo. Ela sentia-se ligada aquele homem, partilhava a sua tristeza, a sua dor. Sentia como se fosse a sua tristeza, a sua dor...
O homem acordou sobressaltado. Estava deitado no chão, em cima da sua própria urina. Já era de manhã. Ainda meio a dormir levantou-se e ao olhar para a sua sombra pareceu vê-la acenar.
As 12 badaladas de um sino de uma igreja nas proximidades indicavam que chegava a meia-noite, o fim de mais uma noite, o começo de outra. O tempo passa lentamente para este homem. Cada minuto parece levar horas a passar, prolongando assim a caminhada deste ser pela avenida do sofrimento. Confrontado com um novo dia deixou-se cair no chão, tinha atingido o apogeu do desespero, queria ver aquilo tudo terminado, não suportava viver mais. Então, sem aviso, sentiu um calor no seu interior, uma impressão no abdómen como se o estivessem a virar de avesso; estava a ocorrer alguma transformação em si e por momentos julgou ter deixado de ser humano. Foi então que notou que já não o era, tinha-se tornado numa sombra da noite. Não era sólido, não era gasoso nem líquido, era como se tivesse deixado de existir por completo. Vagueava pela noite fria, por entre as gotas da chuva, pela tristeza da escuridão circundante. Sentia-se inseguro, frágil e estava a ser incomodado por uma sensação de que estava a ser perseguido. Olhou para trás discretamente e viu um homem que caminhava rua acima, deprimido, com lágrimas a escorrerem-lhe pela cara abaixo. A sombra continuou a seguir o homem ao longo da sua caminhada sem nexo. Ela sentia-se ligada aquele homem, partilhava a sua tristeza, a sua dor. Sentia como se fosse a sua tristeza, a sua dor...
O homem acordou sobressaltado. Estava deitado no chão, em cima da sua própria urina. Já era de manhã. Ainda meio a dormir levantou-se e ao olhar para a sua sombra pareceu vê-la acenar.
A Dança das Sombras
Nos próximos tempos vou procurar publicar aqui uma história, cujo título provisório é " A Dança das Sombras". Deixo para já a Introdução
sexta-feira, 11 de julho de 2008
O vaguear de um pensamento
Para quê a questão? Porque não acabar as frases sempre com um ponto de exclamação? Constatar o óbvio! Gritar a beleza de um olhar sincero! Exprimir a raiva por toda a desonestidade por todo o mundo! Exprime-te ó filósofo! Para que servem então as palavras? Se todas as frases que eu escrevo acabassem com pontos de exclamação teria de questionar a minha sinceridade. Prefiro não aceitar a verdade...
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Epopeia ao amor
(texto com versos decassilábicos com predomínio dos decassilábicos heróicos, acentuados na 6ª e na 10ª sílabas)
Escorriam-mas assim por minha face
Sozinhas (não que Ele assim desejasse)
Gotas belas da droga de um druída
Feita de Rosa murcha, destruída.
Dai-me dessa poção a que a todos serve,
fogo que não arde mas cá dentro ferve.
Meu frágil coração cheio de tão pouco,
Sem ti fica com nada e eu fico louco.
Não és pedra nem metal (do precioso)
És o mar que divaga receoso.
Não és ser com corpo nem ser feito de alma.
Talvez sejas o vento na noite calma?
Certo é que és terra que o sol não esquece
És divino. Pedi-te em minha prece.
Tens nome simples mas és complicado.
Dizem que és Amor, eu digo que és Fado.
Esquema rimático: AABBCCDD
Escorriam-mas assim por minha face
Sozinhas (não que Ele assim desejasse)
Gotas belas da droga de um druída
Feita de Rosa murcha, destruída.
Dai-me dessa poção a que a todos serve,
fogo que não arde mas cá dentro ferve.
Meu frágil coração cheio de tão pouco,
Sem ti fica com nada e eu fico louco.
Não és pedra nem metal (do precioso)
És o mar que divaga receoso.
Não és ser com corpo nem ser feito de alma.
Talvez sejas o vento na noite calma?
Certo é que és terra que o sol não esquece
És divino. Pedi-te em minha prece.
Tens nome simples mas és complicado.
Dizem que és Amor, eu digo que és Fado.
Esquema rimático: AABBCCDD
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Princípio, Meio e... fim (?)
(texto com versos decassilábicos com predomínio dos decassilábicos heróicos, acentuados na 6ª e na 10ª sílabas)
No bosque do vazio, tudo era nada.
Sorrindo ás flores, no meio uma estrada
Com princípio e meio, mas não acabava.
Caminhei, indo ao som da incerteza de meu
destino triste. (Procurei o tal céu)
O sol fugia com medo do seu fim.
Desisti, caí, quis chorar... enfim
Chorei. O céu estava triste sem razão.
Olhei e analisei, vi meu coração.
O caminho chegara ao fim, eu ainda não.
Qualquer correcção ou crítica construtiva em relação ao texto são bem-vindas.
No bosque do vazio, tudo era nada.
Sorrindo ás flores, no meio uma estrada
Com princípio e meio, mas não acabava.
Caminhei, indo ao som da incerteza de meu
destino triste. (Procurei o tal céu)
O sol fugia com medo do seu fim.
Desisti, caí, quis chorar... enfim
Chorei. O céu estava triste sem razão.
Olhei e analisei, vi meu coração.
O caminho chegara ao fim, eu ainda não.
Qualquer correcção ou crítica construtiva em relação ao texto são bem-vindas.
Vi o orgulho de ser Português ser espalhado de uma forma divina, por um homem de nome Luís Vaz de Camões. A genialidade da sua escrita inspirou-me a navegar por águas até então desconhecidas por mim. Criei então um poema com versos decassilábicos com predomínio dos decassilábos heróicos (dez sílabas métricas em cada verso, sendo a sexta e a décima acentuadas tónicamente) e com o esquema rimático: ABABCCDCD, ao qual ainda não dei nenhum título:
As estrelas brilhavam tão distantes.
Caminhei como nunca caminhara.
Esqueci meu cansaço, não olhei p'ra antes.
- Não me travarão! Nem Deus me travara!
Poucos passos faltavam. Não ia parar.
Dei um passo... enchi meu peito com ar.
Dei mais um... este por quem amará.
Outro... por quem não se conseguiu amar.
Por fim cheguei... o que vier, será...
As estrelas brilhavam tão distantes.
Caminhei como nunca caminhara.
Esqueci meu cansaço, não olhei p'ra antes.
- Não me travarão! Nem Deus me travara!
Poucos passos faltavam. Não ia parar.
Dei um passo... enchi meu peito com ar.
Dei mais um... este por quem amará.
Outro... por quem não se conseguiu amar.
Por fim cheguei... o que vier, será...
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