sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Explicações

Não sei que de mim quero.
Na luz da vela que se apaga,
Silêncio que veloz se propaga
Sei que na escuridão não desespero.

Desconheço quem serei.
Dormir sem sonho a recordar,
Barco velejando sem saber o mar
Em ver demais eu me ceguei.

Nunca soube quem era.
No vermelho do Sol que escapa,
Agarro o manto negro que me tapa
E voo; sabendo que a vida não espera.


Tomás Roda

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